quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

MEU DESALINHO

RETRUCA O PEITO
RECLAMA O TINO
JÁ NÃO SABEM DIREITO
O QUE CAUSA DESALINHO

A ALMA OU O QUE HÁ NO SEIO
A PALMA OU A INTENÇÃO
O INVERSO DO QUE ME É ALHEIO
O PARVO MEDO DO CORAÇÃO

INTRÉPIDO E ENSANDECIDO
PELA AUSÊNCIA DA INDAGAÇÃO
OU TERÁ SIDO ENALTECIDO
PELA BELEZA TRISTE DA CANÇÃO?

RETRUCA O PEITO
RECLAMA O TINO
MAS É MEU O DIREITO
DE ESTAR EM DESALINHO!

Viviane Ramos

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017



DORES DO TUDO


Eu sempre julguei que eu,
Era a única pessoa no mundo
Existindo tão cheia de pesar,
Que sofria por conta de tudo

Que só eu era a estranha
Que vivia pelos cantos, a cantarolar
Versos de uma canção antiga,
Tão sofrida, que me faziam chorar

E eu, ainda era tão menina
Quando piamente cria
Que tudo era essa dor tão doida
Que nunca iria cessar.

E como eu, a achava estranha
Quando de fora, a via passar pela rua
Venerando uma dor tão tamanha
Olhando estrelas, contando luas

Perdida em meio a tantos livros
De amores que contavam histórias,
Ao seu pequeno coração aflito
Que já as tinha na memória

E como o conhecido eu, sofria
Tamanha, agigantada contrição
Rasgava- me o peito, não cabia
Fazia sangrar por medo, a imaginação

Pensava, questionava
E chorava por tudo e com tudo!
Por suas dores, lamentava
Dilacerava-a, as do mundo!

 E escrevia tantas, velhas páginas
Amareladas, molhadas pelo mocinho
Que sempre morria e me levava consigo
Afogada, por minhas próprias lágrimas

Mas era só um filme
E eu sempre retornava ali
Aonde residia a dor
Que por inteligência, define
Que há sobrevivência
Ante a tamanho pendor

E eu estava ali, e ainda estou
Tão perdida dentro de mim mesma
Reunindo os cacos do que sobrou
Revolvendo a devida dor alheia

Retornando ao canto da minha vida
O mesmo tom ditando um novo eu
Ainda tão sozinha, tão perdida
Em um planeta que não era meu,
Era o teu!

Menino estranho e perdido
Que carrega no peito e consigo
As mesmas, minha dores,
De amores ... Do mundo!

 E saber da tua existência
Traz a mim, à consciência
O último fiasco de esperança
De que o peso já não me seria tanto

Conveniente, complacente e oriundo
Se enfim, eu repartisse na balança
As dores, as minhas, as do tudo!

Viviane Ramos


domingo, 8 de janeiro de 2017



terça-feira, 27 de dezembro de 2016


ESTE  ANO TIVE A GRATA SURPRESA 
DE CONHECER E CONVIVER 
COM ESSE TALENTOSO MÚSICO...PESSOA CARA..RARA...ESPECIAL!
RECOMENDO A MÚSICA E A AMIZADE!



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terça-feira, 26 de agosto de 2014

RESPONDA A PESQUISA
HIVING E GANHE!
NÃO É VIRÚS !!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014


E enfim, após a tempestade...
eis-me de volta ao verso.
A prosa mágica
que sempre rasgava 
o idolatrado silêncio.
Que outrora escravizava
a bela musa antes adorada
a doce poesia!

Viviane Ramos

quinta-feira, 24 de maio de 2012


MEU RIO

Meu amor é rio
Insensato e arredio.
Afluente de outros tantos...
Dos meus prantos.

Meu amor era previsto,
Datado, marcado e preciso
Pela geologia das tuas montanhas,
Pela resistência do tronco... Tuas façanhas.

Ah! Meu amor é o suspiro,
Infantil, impensado, incontido.
É um abrir-se imprudente
De quem anseia tudo e nada pretende.

Meu amor é delírio
Embriaguez de um sonho vazio
Com a postura de quem se derrama.

Meu amor, 
Será um amor vadio?
Um deleitado momento de cama...

O ardor do que me foi proibido,
O Almejado lábaro inaudito,
Rendição de todo meu eu.

Por tudo que foi dito,
De tudo, meu amor é rio.
Que segue sempre ao abraço teu.

Viviane Ramos

sábado, 11 de fevereiro de 2012


A PAZ EM PAUTA

A paz que necessito
É pautada em meu silêncio,
Nos sonhos que abrevio,
Em meu interno desalento.

A paz que necessito
Anuncia a guerra que desejo,
É trombeta soando ao ouvido,
É a cor do sangue que antevejo.

A paz em pauta, que pausa,
No exato instante no não!
Na fúria que enfim, desata
E pauta liberdade ao coração.

Viviane Ramos