Dolorido Sabor
Era a vida tão linda
Quando ainda pequenina
Não sentia ardor.
Tinha nos braços a amiga
A boneca desenxabida
A quem ofertava calor.
Nos braços do pai, bem-vinda
Com ternura aquecida
Nisto não cabia pudor.
Outro chegou a sua vida
Cadente emoção sentida
Desbravando novo sabor.
Sabor da boca melada
Da palavra cantada
Na nudez do seu favor.
Lacrimeja a vagina
Da inocente menina
Que conheceu o amor.
Desvirginou-se na matina
Adentrou na rotina
De gargalhar de dor.
Viviane Ramos
Nenhum comentário:
Postar um comentário