UM CERTO AMOR
Olhar-te desfaz todas as minhas defesas
Vislumbro-me, sirvo-me à mesa
Dos teus desejos tantos
Das tuas masculinidades em ardentes tamanhos
Olhar-te faz de mim tua presa
Oferecidamente indefesa
Ansiando a ser devorada
Por tua fome nunca saciada
Me prendes, me aperta... me rendes
Dou-te, me doou, te surpreendes
Não resisto, me entrego, não minto
Revelo-te... e sinto
Por isto, me faz tua em candura
Em plena, insaciável loucura
Doma-me, fêmea antes indomável
Sacia o desejo, não saciável
Adentra sob os entremeios da insanidade
Promíscua certeza de uma verdade
Que mesmo rasgando-me em dor
É certo... é amor!
Viviane Ramos
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