quinta-feira, 24 de maio de 2012


MEU RIO

Meu amor é rio
Insensato e arredio.
Afluente de outros tantos...
Dos meus prantos.

Meu amor era previsto,
Datado, marcado e preciso
Pela geologia das tuas montanhas,
Pela resistência do tronco... Tuas façanhas.

Ah! Meu amor é o suspiro,
Infantil, impensado, incontido.
É um abrir-se imprudente
De quem anseia tudo e nada pretende.

Meu amor é delírio
Embriaguez de um sonho vazio
Com a postura de quem se derrama.

Meu amor, 
Será um amor vadio?
Um deleitado momento de cama...

O ardor do que me foi proibido,
O Almejado lábaro inaudito,
Rendição de todo meu eu.

Por tudo que foi dito,
De tudo, meu amor é rio.
Que segue sempre ao abraço teu.

Viviane Ramos

sábado, 11 de fevereiro de 2012


A PAZ EM PAUTA

A paz que necessito
É pautada em meu silêncio,
Nos sonhos que abrevio,
Em meu interno desalento.

A paz que necessito
Anuncia a guerra que desejo,
É trombeta soando ao ouvido,
É a cor do sangue que antevejo.

A paz em pauta, que pausa,
No exato instante no não!
Na fúria que enfim, desata
E pauta liberdade ao coração.

Viviane Ramos