quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Renovando...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011



 LIBERDADE?


De que me adianta estar livre
e ser tão presa ao chão,
ter asas e medo de altura,
ter paz e ansiar a fervura?
Que aqui conste a indagação!


A que preço se constrói o sonho?
Do outro lado é que há visão,
daqui nada se vê, tudo é reles apego
ao que, breve é suspiro na amplidão!


E se, invés de sussurro, grito...
Temo que ouçam a verdade
nascida à relutante discussão:
Vivo livre na prisão
ou presa à liberdade?


Viviane Ramos

quinta-feira, 6 de outubro de 2011


LASCÍVIA BRUTA

Salva-me da lascívia bruta
Que condena minha alma estúpida
A enredar-se em teus desejos

Lava a minha boca púrpura
Que se oferece toda e tua
Para satisfazer teus beijos

Ameniza minha dor e culpa
Em sacrifício onde me ofereço nua
A silenciar teu apelo!

Viviane Ramos

domingo, 10 de julho de 2011


 ALEGRIA?


Esta alegria, eu desconheço
Nunca mais fui feliz
Deste de que ele se foi...
Meu riso.

Sonho plantado por pequenas mãos
Desenhado plano de consolidação
Da menina que o tinha por herói,
Impreciso.

O aço da frieza paralisou seu coração
A bala crua da maldade
Rasgou seu peito, morte súbita,
Consternação.

Alegria?
Só há de outros tempos
Onde o herói não sabia voar...


Viviane Ramos







sexta-feira, 8 de julho de 2011



A MOÇA

Quando a vi passar
A percebi tão linda, tão viçosa
Vibrante, impetuosa...

Eu a quis tocar
Sentir aquela pele achocolatada, macia...
Sentir seu cheiro de café coado,
Acanelado... adocicado!

Quando a vi passar
No espelho da minha memória
Eu a quis guardar,
Para não perdê-la nunca...

Ah! A moça...
A bela moça que fui...

Viviane Ramos


segunda-feira, 23 de maio de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011


 PEQUENO AMOR GIGANTE

E Deus disse haja luz
E a luz se fez na vida... no ventre!
Luz bendita, tão pequenina
Que mal cabia no pulsar de uma veia

Luz de uma vida
Que iluminou a vida
De quem há muito em treva vivia

Luz de amor
Pequena flor
Emergida no nada
Tão pequenina, desprotegida
Fez do ventre sua morada

Por grandes, longos meses
Que enfim passados, hoje teve,
O fim da sua estada

Enfim! É chegada
Tão pequena e gigante
É a emoção do instante
Da nova vida anunciada

Seja bem vinda minha luzinha
Alumie a minha vida
Faça dela sua nova morada

E o olhar da luzinha
Tão pequena que mal cabia
No colo que a aquecia
Dizia tudo sem dizer nada.

Viviane Ramos


terça-feira, 15 de março de 2011




DEDOS DO DESTINO

Ainda me falta força nos dedos
Para dedilhar as letras do meu destino
A mão que cala meus segredos
É a mesma que acaricia a falta de tino

Que toca tua imagem com meus desejos
Rasga tua sanidade com meu desatino
Tortura teu sono com doces pesadelos
Te tem como dono e menino

Ainda me falta força nos dedos
Para escrever o amor que imagino
Para provocar e vencer todos os medos
De te ter ao alcance do sentido

Da mão que toca e treme com os pesos
Do rumo que segue em desalinho
Tão ressequido pela ânsia dos teus beijos
Esperando a força dos dedos para reescrever o destino.

Viviane Ramos

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011







BATENDO ASAS



Calo o grito
Escrevo o verso
Peito contrito
Sentimento desperto

E eu verso
Como antes
O tento inverso
Do que me possuía

Este desejo imenso
De revoar na vida
Batendo as asas
Na letra desta poesia.


Viviane Ramos






quinta-feira, 20 de janeiro de 2011



Endiabrado Pensamento



Endiabrado é o pensamento
E quão renitente
Persiste constantemente
Em fazer-se escutar

Inusitado é o pensamento
Que antes dormente
Agora vibra incoerente
Em fazer-se lembrar...

Então lembra
A alma e o peito
A promessa e o senão
Que hoje se larga no dedo
Ao escrever a indagação

Por que não fui?
Por que fiquei?
Esperando nascer coragem
Da covardia que plantei!



Viviane Ramos