sábado, 25 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010





SER SAUDADE



Saudade, palavra única
Que em outra língua não há
Descreve com perfeição que vislumbra
O que o coração sente ao lembrar

Da infância querida
Da professora, da melhor amiga
Tantas notas... Lembranças a trilar
Com seus cantos verdejantes
Passarinhos a revoar...

Oh! Saudade bendita
Quando te sinto estou viva
Já que tenho muito a recordar
São lembranças de uma vida
Por onde passei ansiando não ser esquecida
E ser saudade a quem ficar.

Viviane Ramos

domingo, 5 de dezembro de 2010


Caros Leitores...

Perdoem-me pela ausência.
Meus dedos calaram
Os versos minguaram
nessa ausência de mim.

Zilhões de beijos!


sábado, 25 de setembro de 2010





Amargo o Doce


Seguem meus dias
E eu me distraio com as delícias
De um novo paladar
Mas o preço pago, pesa
E já sinto no corpo, pesar!

Pesos tantos que já carrego
Em meu tortuoso silêncio
Sempre tão propensos a aumentar.

Sigo meus dias pesados
Os envolvo em doces melados
Para não sentir
Tua ausência amargar.


Viviane Ramos


sábado, 28 de agosto de 2010


TEU SUSSURRAR DENTRO DE MIM


Quero falar dos teus beijos
Que mesmo a distância, eu conheço
O cheiro do teu hálito, o sabor...
Que alarga meus desejos.

Quero ditar os segredos
Que tua voz não me disse
Mas que li nas linhas dos teus anseios
E foi como se ouvisse...

O teu sussurrar dentro de mim
E foi então...
Que renasci!


Viviane Ramos


quinta-feira, 26 de agosto de 2010





RASA FORÇA


Rasa força é o que suprime
A necessidade de tocar-te
Pensamentos que não se redimem
Com a mesma força em embate.

Persisto no dia, então que se alinhe
A frondosa espera a rugir
Peçonhento medo é o que define
O espaço agrilhoado a me infringir

Não temo, mas sofro este medo, relinche!
Grito que ecoa na multidão
Ninguém ouve, é o que permite
Urrar mais alto meu coração.


Viviane Ramos



quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Hoje


Hoje, mais que nunca
Eu queria estar contigo
Voltar... ser teu abrigo
Hoje... sempre

Acalentar-te em meus seios
Apagar tuas dores
Degustar o sabor dos teus beijos
E oferecer-te meus sabores

Hoje, como nunca
Eu queria abraçar-te,
Ser teu presente
E abrasar-te
O desejo de fazer-me tua
 Hoje... sempre!



Viviane Ramos


segunda-feira, 16 de agosto de 2010




MOMENTÂNEO SONHO


Meus olhos passeiam buscando tua face
Em meio à multidão de enganos
De promessas vencidas pelo desgaste
Largados, cansados... Enfadados planos

Mas algo ainda vibra no peito
Se mantém perpétuo e insano
A lembrança do amor escrito no leito
E delineado pelo momentâneo sonho.


Viviane Ramos


terça-feira, 3 de agosto de 2010




TE PRESSINTO


Há dias que acordo
Contigo na cabeça
Pressinto o calor no ventre
Que percorre toda a pele

Vibra cada fibra
Arrepia cada pelo
E o corpo inteiro sente
A necessidade do teu amor

Ainda que os dedos não toquem
Os lábios não sintam
Apenas pressintam...
O ardor


Do breve, tão próximo
E inevitável momento
De um inegável porvir
Do qual não podemos...
Devemos?
Fugir!


Viviane Ramos

sábado, 10 de julho de 2010




MEUS CÁLCULOS



Faço cálculos milimétricos
Estudo objetos
Tentando controlar
O rumo incerto
Que a vida tende a traçar


Dá para isolar o abjeto
Quadriqualizar o obsoleto
E recomeçar?



Viviane Ramos







Meu Dia Nublado


Hoje o dia é triste, nublado
Em dias assim lembro de você
Do amor que tivemos, nada vivemos
Dos planos que escrevemos, nada fizemos
Daquele tudo tão nosso
Que hoje é nada, passado!


Mas eu lembro de você
Das juras, dos beijos
Do toque, o ensejo abrasado
E é isto que aquece
O meu dia nublado.


Viviane Ramos





sexta-feira, 28 de maio de 2010



MEU DESPRAZER


Hoje, ver-te, é quase morrer
Entristece-me, me afunda
Em mar de desprazer

Tortuosa é a lembrança do teu olhar
Impregna-me, me inunda
Dos sonhos que vivi lá...

No teu abraço, que feito laço
O meu corpo inteiro esteve a enlaçar
No nosso pequeno, quente espaço
Onde nossa canção esteve sempre a tocar

Onde inundada de prazer
Eu descobri o que era mesmo, amar...
Hoje, a lembrança se faz doer
E me afoga neste mar...

 
Viviane Ramos


quarta-feira, 12 de maio de 2010



EIS O PREÇO

Dedilho versos mentirosos
Que fingem uma paz que desconheço
Recolho pedaços dos sonhos nossos
Sempre sorrindo, eis o preço

Verso, a ti me entrego
Em total desespero
Meu amigo, meu verso
Alivio ao meu peito

Calo em ti meus gritos tantos
Jorro em ti meu pranto
Socorre-me verso meu,

Já se encharcaram os mantos
Silenciou-se o canto
Olhos perguntam, quem morreu?

E tortuosamente me deixo divagar
Por sonhos tantos que juntos tivemos
Que agora seguem distantes
Onde em silêncio, permanecemos

Calados ante a tudo
Aos medos e anseios
Que já nos são de costume

Vivemos nosso mundo
De acomodados apelos
Que não servem nem de estrume!

Queria gritar o que sinto
O peito explode, mas minto
Sigo farsante ante a mim mesma
Por fim suplico
Lancem-me a cadeia
Já estou presa!


Viviane Ramos

quarta-feira, 21 de abril de 2010



INQUITANTE VONTADE



Ah, vontade que atormenta
Que esta agonia alimenta
Teima em arder incessantemente


Rasga-me em inconstantes incoerências
Dissolvidas por clemências
Que permanecem continuamente


E não há sobriedade que supere
Esta insana sensação
Não há inverdade que oculte,
O anseio do meu coração

Já que rasga nos olhos
Esta constante inquietação...



Viviane Ramos

sábado, 3 de abril de 2010


O TEU GOSTO

O gosto do teu beijo
Assina a redenção ao meu pecado
O concuspiciente ensejo
Ao coração se faz sagrado

O gosto do nosso leito
É afoito e desesperado
É inevitável coito
É amor descompassado

O gosto deste desejo
É insano e perfeito
É birrento e amorangado

O gosto de acostar em teu peito
É fervilhante lampejo
Calmante e abrasado

O gosto!
Ah o gosto...
Do beijo
Do ensejo
Do leito
Do coito
Perfeito
Sagrado!

 
Viviane Ramos

domingo, 28 de março de 2010


DOENTIO PRAZER


A estas horas o corpo flameja,
Penso em você
Ardo nesta tortuosa incerteza
De não o ter
E me largo em saborosas impurezas
Meu doce, doentio prazer

Divago, então perdida
Divagações tão minhas, atrevidas!
Provocam-me a um novo querer
Onde adentro embebida
Totalmente desnuda e lasciva
E me deixo arder...

Largo o corpo na cama vazia
Entrego-o a mão arredia
E só assim
Tenho você!


 
Viviane Ramos



segunda-feira, 15 de março de 2010


SONHO FINDO


Perdoa-me, devo ir
É chegada a hora de partir
É o fim, o sonho findou
Agora acordada, sigo e me vou...


Para longe dos teus olhos
Onde não vejas minha dor
Onde não te doam meus desgostos
Para que acredites que não fora amor

E não fora então!
Não como o deveria ser
Fora apenas ardente paixão
Porque assim nos cabia arder

Queimamos... restaram as cinzas
As sopro... voam... neblina
A embaçar os olhos, ou são lágrimas?
Gotas cristalinas que molham estas páginas


Onde escrevo o nosso fim
E verso a dizer-te adeus
Este é o ensejo, que seja assim
Vou-me... sem olhar nos olhos teus.


 
Viviane Ramos


sábado, 13 de março de 2010


UM CERTO AMOR


Olhar-te desfaz todas as minhas defesas
Vislumbro-me, sirvo-me à mesa
Dos teus desejos tantos
Das tuas masculinidades em ardentes tamanhos

Olhar-te faz de mim tua presa
Oferecidamente indefesa
Ansiando a ser devorada
Por tua fome nunca saciada

Me prendes, me aperta... me rendes
Dou-te, me doou, te surpreendes
Não resisto, me entrego, não minto
Revelo-te... e sinto

Por isto, me faz tua em candura
Em plena, insaciável loucura
Doma-me, fêmea antes indomável
Sacia o desejo, não saciável

Adentra sob os entremeios da insanidade
Promíscua certeza de uma verdade
Que mesmo rasgando-me em dor
É certo... é amor!



Viviane Ramos

quinta-feira, 11 de março de 2010


O AMOR DA MINHA VIDA



Desesperadamente anseio estar contigo
Ouvir tua respiração à aguçar o sentido
O sentido que é o sexto, desmedido
Onde vejo alcance, para o proibido



Tento conter os olhos
Não olhar, para não ver os fogos
Que explodem dentro do meu peito

Só em sentir tua presença,
Comigo, ali, no nada, no fim do mundo
Neste dia você foi o meu tudo.



Eu fingi, tentei disfarçar
Mas o desejo inundava meu corpo,
Anseio louco de te tocar
No importuno ensejo
No qual o anseio, é amar.



Quero fugir, temo ser tarde
Temo que meu mundinho rosa desabe
E as águas do teu mar o inunde
E que eu me afunde
No amar... nosso mar...



Me ame então,
Nem que seja na letra desta poesia
Que seja meu, teu coração
Mesmo que não seja o teu dia.



Seja meu, nem que seja uma mentira
E mesmo a distância
Seja o amor
Da minha vida!


 Viviane Ramos





domingo, 7 de março de 2010



MINHA MEDIDA


Retomei o meu domínio
Galgo os passos do meu dia
Hoje sou meu próprio abrigo
A lágrima não inunda minha vida

Determinada, sigo avante
Sem tornar ao ponto de partida
Mantenho a falsa paz constante
Sem me deixar estar combalida

Aprendi as regras do jogo sujo
Já não me importa a medida
Do sangue que é o custo
Para recriar-me, destemida

Recrio-me do sangue inocente, meu!
Retiro entranhas pela ferida
Mas a dor quem me causa, sou eu
E não mais tua mão erguida.


Viviane Ramos

quinta-feira, 4 de março de 2010



Me Basta


Basta-me pensar em você
E o mundo inteiro vibra
Toda luz se faz acender
E todo som me inebria.

Basta-me pensar em você
Que em minha alma, alegria!
Como um sonho a me envolver
Banhado em loucura que contagia!

Ah... Basta-me pensar em você
Que a razão então se rende
E oferta de bandeja

O corpo que se acende
A carne que lateja
E o desejo que surpreende

E rasga meu pudor em pedaços
Deixando a face em rubor
Marcando o som dos passos
Até encontrá-lo, amor!

 
Viviane Ramos

terça-feira, 2 de março de 2010


ELE NÃO VEIO


De longe eu observava
A bela moça a esperar
Seu coração titubeava
Esperando ele chegar

As emoções lhe afloram na face
Fazendo-a ruborizar
Tantos sentimentos em embate
Com a razão a gritar

Ela olhava a multidão
Buscando o rosto do amado
Quase pude ouvir o anseio do seu coração
Que batia tão apertado

Mais ele não veio
E a moça não mais esperou
Recolheu seu coração partido ao meio
E seu semblante então, cerrou

Ele não veio
E a ilusão em pedaços se abriu
Ele não veio
E então a lágrima caiu!


Viviane Ramos