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Dolorido Sabor
Era a vida tão linda
Quando ainda pequenina
Não sentia ardor.
Tinha nos braços a amiga
A boneca desenxabida
A quem ofertava calor.
Nos braços do pai, bem-vinda
Com ternura aquecida
Nisto não cabia pudor.
Outro chegou a sua vida
Cadente emoção sentida
Desbravando novo sabor.
Sabor da boca melada
Da palavra cantada
Na nudez do seu favor.
Lacrimeja a vagina
Da inocente menina
Que conheceu o amor.
Desvirginou-se na matina
Adentrou na rotina
De gargalhar de dor.
Viviane Ramos
Doce Opúsculo
Dou-te...
Abre meu doce opúsculo.
Vou-me...
Antes do ensejo deste crepúsculo.
Prova dos meus ardentes verbos
Ateados pela tensa imissão.
Mergulha nos desejos submersos,
Em teus dedos recolha minha oblação.
Travesso menino já de idade
Abcindi o amor do prazer.
Ensina-me o caminho da felicidade
Mesmo que por instantes a anseio ter.
Viviane Ramos
Rosa Ardida
Vês que moça recatada,
Que seduz até calada.
Despudoradamente encantadora,
Bela menina arrebatadora.
Santa pecadora,
Que está sempre a rezar
A poesia promissora,
A qual há de te libertar.
És tantas em uma
E traçando um caminho juntas
Em busca de coisa alguma...
Revelando em uma só face, muitas.
Mulher menina...
Ardente pequenina.
A espera de quem te versará.
Doce felina...
Rosa ardida...
Virgem ainda no seu amar.
Viviane Ramos
Hoje Te Amei e Amanhã?
Fecho os olhos... os sonhos vão...
Quebro os ferrolhos da minha imaginação
E me vou... voando de avião.
Chegando lá, você a esperar...
Olhos, mãos... anseio...
O silêncio revela o desejo
Da boca querendo beijar.
Vamos...
Ao destino certo
Para o desejo desperto
Por fim saciar.
Chegamos...
A porta nos deixa entrar
A cama feita
Anseia-se desarrumar.
Falamos...
O que só as linhas puderam ouvir
As palavras tomam voz
E se fazem sentir.
E sentimos...
Na pele o desejo de antes
Que somente escritos
Já não é o bastante.
E tocamos...
A boca o beijo
O corpo o desejo.
E entregamos...
Todos os versos contidos
Os desejos dispersos,
Agora unidos.
Divago nesta doce loucura
Que me levará ao divã
Nos teus braços nua
Questiono: hoje te amei e amanhã?
Responde o beijo
Eu me calo
Outra vez me perco
E em desejo desabo
E amamos...
Viviane Ramos
Devassa Fantasia
Sou vazio e silêncio
Inerte em meio ao tempo...
Rosa a sucumbir.
Ando sozinha e cansada,
Psicologicamente abalada
Sem motivos para sorrir.
De repente...
Teu vento soprou em mim,
Poesia ardente
Escrita na cor carmim.
E tudo está móvel e intenso,
Suplicante... pecaminoso...
Hum... desejo imenso
De provar teu gosto.
Há de ser bom sentir teu sabor,
Tocar tua emoção
Amar-te com fervor.
Folhas ao ar...
Vendaval de poesias...
Em silêncio saciar
Nossa devassa fantasia.
Viviane Ramos
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