domingo, 26 de julho de 2009





Dolorido Sabor

Era a vida tão linda
Quando ainda pequenina
Não sentia ardor.

Tinha nos braços a amiga
A boneca desenxabida
A quem ofertava calor.

Nos braços do pai, bem-vinda
Com ternura aquecida
Nisto não cabia pudor.

Outro chegou a sua vida
Cadente emoção sentida
Desbravando novo sabor.

Sabor da boca melada
Da palavra cantada
Na nudez do seu favor.

Lacrimeja a vagina
Da inocente menina
Que conheceu o amor.

Desvirginou-se na matina
Adentrou na rotina
De gargalhar de dor.

Viviane Ramos

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