sábado, 13 de março de 2010


UM CERTO AMOR


Olhar-te desfaz todas as minhas defesas
Vislumbro-me, sirvo-me à mesa
Dos teus desejos tantos
Das tuas masculinidades em ardentes tamanhos

Olhar-te faz de mim tua presa
Oferecidamente indefesa
Ansiando a ser devorada
Por tua fome nunca saciada

Me prendes, me aperta... me rendes
Dou-te, me doou, te surpreendes
Não resisto, me entrego, não minto
Revelo-te... e sinto

Por isto, me faz tua em candura
Em plena, insaciável loucura
Doma-me, fêmea antes indomável
Sacia o desejo, não saciável

Adentra sob os entremeios da insanidade
Promíscua certeza de uma verdade
Que mesmo rasgando-me em dor
É certo... é amor!



Viviane Ramos

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