quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

LONGOS ANOS...


Ao final...
São dez anos transcorridos
Não dez dias
Nem dez semanas.
Dez longos anos
E neste instante...
Só consigo desejar-te:
Que vá, que suma...
Que morra...
Ao menos em minha vida.
Desejo que desapareças
E leve embora essa ferida
Que sangra e teima em não cicatrizar...
Dói a cada palavra ,
Ou no silêncio das mesmas...
Pois sempre o que restava
Me servias de bandeja;
Teu silêncio amargo e fúnebre
Dói tanto ou mais
Que tuas palavras insanas
Que gritam e xingam
Minhas esperanças...
Azedaram-se
Estão podres, mortas
Desepero-me;
Quero viver...
Caminhar com minhas pernas tortas.
Quero tentar viver
Livre da gaiola
Onde prendes minha poesia
Onde tentas controlar
A luz que me irradia.
Livre serei um dia...
Fugirei da cama fria
Onde fede tua ignorância
E despojas tua alma vazia.
Hoje vejo...
Foste só ilusão
Acreditei no teu fingir
Enganaste meu coração.
O tempo passou...
E eu aqui fiquei...
Triste tão leda
Só esperei...
Mas agora chega
Vou fugir...
Ou morrerei.

Viviane Ramos 13-12-2008

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