Em Paixão...

Queria eu...
com uma única palavra, então lhe dizer...
Que de todas as coisas superáveis...
Eis você!

Que invade a pouca, réstia de sanidade...
Descomedindo o que antes em razão,
eu tentava manter.

Desferi contra meu peito,
o devaneio alado...
que em meu desinsofrido seio...resguardo.

Deflora a honra...
que pressuposta resvala..

Acarreta-me a tua perdição...
ao desejo que desabalado aguarda...
dissolver-se em paixão!

Você Sempre Viverá...

Não consigo deixar de pensar em ti,
nem por um instante...
não consigo aceitar que te perdi.

Saber-te vivo,
aquecia meu coração...
e mesmo não o tendo,
eras minha paixão.

Minha dor agora adormecida,
já nem grita mais...
guarda o silêncio, entristecida
pelo tempo que ficou lá atrás...

Mas ainda sofro...
com tua ausência tão presente,
e sinto tua presença tão ausente.

Estais morto, sei...
e isso não posso mudar...
mas meu amor ainda vive;
então em mim você sempre viverá.

Viviane Ramos
12-01-09

MENINA POESIA

A memina poeta...

jaz dentro de mim.

As vezes grito: Ressussita!

Mas ela não responde.

Tem medo...

Eu tenho medo que me poesia a faça ver...

o que não quero crer...

que a menina morreu.

Quero esquecer ...

que o amor que a faz viver...

há muito se perdeu.

Menina poesia...

onde vai tua alegria.

Vive menina!

Preciso que vivas...

Pra eu própria viver!

Sem você a beleza da vida...

parece não se perceber...

Eis então que grito: Ressussita!

E ela parece gemer...

Diz-me então...quero viver!

19-10-00

SÓ O SILÊNCIO

Os dias prosseguem...
Sinto-me triste;
Algo quebrou dentro de mim.
Meus pensamentos se perdem...
Na saudade que persiste,
Causando-me essa dor sem fim.

Meu amado Amigo Distante
Por que calaram tua voz,
Já não ouço teu canto constante...
Nas canções que falavam de nós!

Minha alma se cala,
Sinto-me tão vazia
Nessa dor que resvala...
Minha nova Campânia.

Jaz frio sob a terra,
O amor que antes aquecido...
Por tua espera,
Agora vaga perdido.

Sei que dormes agora,
Meu amado Amigo Distante...
Mas a saudade me consome nesta hora
E não cessa nem por um instante!

Então desepero-me...
Fico o teu nome a gritar...
De repente... Ventos...
Calaram-me!
Ouço... mas é só o silêncio...
A sussurrar.

09-01-2009

NOITE LUTO

Noite de luto e tristeza
Não vou descansar...
Enquanto essa dor seca,
Não estancar!

Dor que persiste
Que me faz chorar,
Fica e insiste...
Em me fazer lembrar...

Que te perdi,
Meu amado distante!
E que o amor que senti
Não foi o bastante...
Para mantê-lo aqui!

Foste sim!
Deixou-me!
Não eras meu...
Mas fazias parte de mim.
Dilacerou-me!
De herança... só essa dor
Sem fim!

08-01-09

Leda Vida

Encerro aqui...

minha triste, leda vida...

de sofrimentos, angústias e falhas...

falhas que não posso concertar,

angústias que não posso apagar,

sofrimentos que não posso arrancar...

do peito que sangra.

Encerro aqui a leda vida

que vais agora de partida,

deixando-me aqui ficar...

com a alma recolhida,

à um canto esperar...

por piedade, que se diga...

que é por amar demais a vida

que vai se deixando levar.

14-02-01

Deixa-me...

Deixa-me viver de poesia

levar minha vida em melancolia

sou mesmo assim...

tenho o universo dentro de mim.

Deixa-me nadar

nas lágrimas de meu pranto...

minha dor já nem me dói tanto,

já me acustumei à sua melodia...

o mesmo tom...

todo santo dia.

Não foi o caminho

que eu escolhi...

mas o que traçaram para mim,

mas tenho fé que o dia vai chegar...

em que terei asas para voar.

05-01-09

Alma

Um dia...

Minha alma vagava pelo mundo

perdida buscava...

um lar.

No escuro vagava,

no silêncio cantava...

a alma perdida,

cantava entristecida...

o medo de amar.

Pobre alma,

que sozinha...desamparada,

perdida vagava.

E então no seu ledo silêncio,

algo buscava...

um sonho, uma canção...

em seu coração, pairava!

E a alma entristecida

tão solitária na vida,

pelo mundo chorava.

Ludibriando o sonho

que em seu triste lamento,

por vezes clamava.

Triste, silenciosa alma

por onde vais agora...

só o amor te salva!

Perdida,insolente alma

não temais o pranto,

que no teu espanto...

te cala!

29-04-99

LEMBRANÇAS

Não consigo durmir... meus pensamentos voam longe, não os posso impedir... de chegarem à um passado distante, que não deveria estar aqui. Lembro das pessoas que passaram por minha vida... das lágrimas, da dor sofrida... E recordo agora do quanto sonhei, com o que tenho agora... do quanto busquei a felicidade desta hora! Por relembrar... a cruel partida dos sonhos que perdi; lembro-me que és agora, o maior sonho que vive! E sem demais ensejos, guardo no peito o que sofri... sofrimento que se apaga com um beijo dado por ti! Lembranças são inevitáveis... percebo então; nem sempre trazem saudade, nem sempre é de uma paixão... as vezes dos colegas da escola, do professor...do violão... coisas que ficaram na memória porque estão guardadas no coração! 08-04-99 Posto esta poesia...em homenagem à meu primeiro amor, que partiu ! Sem ao menos ter tido à chance de diser-lhe... ADEUS!

Chore não, querida!

São coisas da vida,

E logo vão passar...

Cedo, breve

Ele vai chegar...

Teu amor sincero e velâdo

para tua dor calar...

Resvalar-se em teu amor

um novo mundo lhe mostrar...

No fundo de tua alma

tu bem sabes,

que perto ele está...

És tão jovem e inocente,

que guardas tão somente...

teu direito de sonhar.

Sonha querida, então...

sonhos de teu pequeno coração,

logo teu sonho realidade será;

e verás que sim...

valeu apena sonhar.

08-10-08

Abacista Perverso

Estou perdida...
Me perco;
Em ledas poesias
De meu enfadado desejo.
Busco distante...
Força, a qual suponho
Trar-me-á um rumo constante.
Procuro a constância
De um dia tranqüilo
Rumo à distância
Do abraço inimigo.
Inimigo que dorme...
Mas desperto no quarto ao lado
Fica a vigiar...
Minha vida e meus sonhos
Meus desejos e planos...
Sempre pronto a atacar!
Ataca minha alma
Destruindo minhas forças
E sempre fingindo calma
Faz-me por louca.
Devo ser mesmo louca
Para permitir tantos desmandos
Aproveita-se de minha força pouca
E estraçalha meus sonhos.
Abacista Perverso
Como te odeio agora
Pensar que antes inverso
Pois te amava outrora.


Prossegue em tua matemática
Calculando tuas crueldades infantis
Mas nem com tua melhor problemática
Saberás o que guardo em mim.
Vá, continue com tuas continhas...
Contando meus desejos
Calculando em linhas
Como comprar meu beijo.
Mas meu amor; não há de comprar!
A ele não alcança teu dinheiro
Jamais me terá...
Novamente por inteiro.
Não te pertenço mais, querido...
Nunca pertenci,
Sabe o amor que julgas adormecido...
Lamento, jaz aqui.

Viviane Ramos
04-01-09

Um dia...
o sol nascerá
e eu não mais estarei aqui
mas o que escrevi
aqui ficará
e de alguma forma...
o sol também nascerá,
para mim.
Nas palavras de um livro...
ou talvez, não chegue a tanto...
Neste invólucro em diário
que causar-te-a pranto
ao ler-me descrita nestas folhas
que antes em branco...
agora possuem algo de mim...
mesmo que eu não esteja mais aqui.