domingo, 4 de janeiro de 2009

Abacista Perverso



Estou perdida...
Me perco;
Em ledas poesias
De meu enfadado desejo.
Busco distante...
Força, a qual suponho
Trar-me-á um rumo constante.
Procuro a constância
De um dia tranqüilo
Rumo à distância
Do abraço inimigo.
Inimigo que dorme...
Mas desperto no quarto ao lado
Fica a vigiar...
Minha vida e meus sonhos
Meus desejos e planos...
Sempre pronto a atacar!
Ataca minha alma
Destruindo minhas forças
E sempre fingindo calma
Faz-me por louca.
Devo ser mesmo louca
Para permitir tantos desmandos
Aproveita-se de minha força pouca
E estraçalha meus sonhos.
Abacista Perverso
Como te odeio agora
Pensar que antes inverso
Pois te amava outrora.


Prossegue em tua matemática
Calculando tuas crueldades infantis
Mas nem com tua melhor problemática
Saberás o que guardo em mim.
Vá, continue com tuas continhas...
Contando meus desejos
Calculando em linhas
Como comprar meu beijo.
Mas meu amor; não há de comprar!
A ele não alcança teu dinheiro
Jamais me terá...
Novamente por inteiro.
Não te pertenço mais, querido...
Nunca pertenci,
Sabe o amor que julgas adormecido...
Lamento, jaz aqui.

Viviane Ramos
04-01-09

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